quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Cicatrizes na adolescência


As exigências e pressões constantes, decorrentes da sociedade contemporânea, refletem-se no aumento do stress psicológico nos adolescentes, que, a par de uma história de tristeza intensa e prolongada, de alterações no sono e no apetite, falta de esperança na vida e nos outros, pode culminar no desencadeamento de comportamentos autodestrutivos. A adolescência é um período primordial de risco para o desenvolvimento desses comportamentos.

Estudos indicam que a automutilação (um tipo de comportamento destrutivo) nos adolescentes é uma tentativa de estes minorarem a dor psicológica, mediante o provocar da dor física. A agressão ao seu próprio corpo através de cortes, queimaduras, entre outros, ocorre frequentemente após a vivência de uma emoção forte que o adolescente não consegue gerir de forma ajustada, usando este meio como forma de controlo das suas emoções. É como se, ao automutilar-se, a dor psicológica, por vezes insuportável, seja menos dolorosa. A automutilação é, na maior parte das vezes, vivida longe de tudo e de todos, em espaços como o quarto ou a casa de banho, que habitualmente os adolescentes consideram como sendo seguros e isolados de possíveis olhares.

Nem sempre é fácil descobrir que o adolescente se automutila, dado que tenta esconder as lesões, por vergonha e medo de revelar o que faz. Contudo, no caso de se dar a descoberta, é importante que se valorize o que se está a passar, ainda que este tema seja difícil de abordar pelos pais. Com a ajuda das novas tecnologias surgem com frequência notícias sobre estes comportamentos, e que podem ser utilizadas para perceberem a opinião dos vossos filhos sobre este problema, para demonstrarem compreensão e respeito pelo sofrimento dos jovens e mostrarem que é necessária a intervenção de médicos, psicólogos ou pedopsiquiatras no sentido de ajudarem a ultrapassar o problema, para o qual existe solução. Coloque-se no lugar do adolescente para o entender, sem criticar, promovendo uma maior proximidade e sentimento de segurança nele. E esteja atento a este problema que afeta tantos adolescentes na nossa sociedade, nunca se sabe: um deles pode estar mesmo ao seu lado.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Medo de envelhecer pode ser um problema; entenda a gerontofobia



O envelhecimento faz parte do desenvolvimento do ser humano. Porém, para algumas pessoas, estar perto de idosos ou identificar em si mesmo marcas de que o tempo está passando –como rugas– pode ser assustador. A gerontofobia caracteriza a rejeição à velhice e, consequentemente, aos que que estão passando por ela.

De acordo com Marcos Paulo Betinardi, psiquiatra do Instituto Abuchaim, em Porto Alegre (RS), os motivos que levam a essa recusa variam muito, já que dependem das experiências do indivíduo com a velhice e de como o idoso é tratado por quem está a sua volta ao longo dos anos.

A psicanalista e membro da SBPRJ (Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro) Maria Cristina Amendoeira cita o romance "O Retrato de Dorian Gray" (1890), de Oscar Wilde, para explicar esse temor: na história, um retrato do protagonista "envelhece", enquanto o próprio Dorian Gray se mantém jovem."Um dos temores do ser humano é a morte, e a velhice é um prenúncio dela. Ao ver esse estágio da vida se aproximar, a pessoa percebe que há finitude e começa a negá-la, tentando não deixar que isso aconteça com ela, seja com exercícios físicos ou cirurgias plásticas, por exemplo", diz. 

Ainda, sem registro no CID-10 (Classificação Internacional das Doenças), a gerontofobia não é considerada diagnóstico. No entanto, é possível percebê-la na conduta do indivíduo.
É colocada como fobia porque é um medo excessivo e desproporcional ao risco oferecido por tal coisa. No caso, o envelhecimento. Pessoas que discriminam idosos, que estão preocupadas demais com a aparência, adultos que se comportam como jovens são exemplos. É claro que não podemos generalizar, pois um conjunto de fatores é que vai determinar se o que você tem é gerontofobia ou não.

Não existe uma idade para despertar esse sentimento, que é inconsciente. Mas, a partir de certos momentos, quando começa-se a perder pessoas próximas ou mesmo quando nota-se os próprios pais envelhecerem, e isso significa o próprio envelhecimento.  É o fim da ilusão de que a vida é eterna. Muitas pessoas não sabem lidar com as mudanças que cada fase traz, começam a pensar de forma fixa em como será a sua velhice, e é aí que está o problema.

Apesar de não existir uma idade certa para a fobia se manifestar, alguns acontecimentos podem influenciar.

Mulheres que estão perto dos 30 anos e ainda não casaram ou tiveram filhos começam a se achar velhas. Já para os homens, esse sentimento vem pelo lado profissional, quando não conseguem o status desejado. O que as pessoas precisam entender é que o que conta é o estado de espírito de cada um. Precisamos nos sentir ativos, sempre com algo a oferecer e compartilhar, seja com 30, 60 ou 90 anos.

Assim como a maioria dos traumas e doenças psicológicas, o medo de envelhecer também só é caracterizado como um problema quando existe prejuízo psicossocial progressivo. Ou seja, quando a preocupação em ficar velho atrapalha a vida e prejudica o indivíduo.

Segundo os especialistas, o estigma ligado às pessoas mais velhas está diretamente relacionado à gerontofobia. "Basta observar como os idosos são tratados nas diversas partes do mundo. No oriente ou em tribos indígenas, por exemplo, são sábios; já no ocidente, são vistos como pessoas que dão trabalho, lentas...Isso tudo gera recusa porque ninguém que passar por isso", diz Betinardi.

Diante de um cenário de medo de chegar à terceira idade, é preciso observar que, além de ser uma etapa do ciclo da vida, entrar na velhice traz mudanças, assim como qualquer outra passagem, como, por exemplo, da infância para adolescência, e assim por diante.

"A primeira vantagem que devemos perceber é que se chegamos à velhice, é porque estamos vivos. Todos os momentos de passagem têm coisas boas e ruins. O envelhecimento traz questões para serem vividas, afinal, você, muitas vezes, abre mão de espaço no trabalho para pessoas mais jovens, aprende a valorizar outros aspectos mais nobres do dia a dia e a cultivar mais as relações afetivas. E tudo isso só traz qualidade de vida", fala Maria Cristina. "É preciso saber envelhecer", completa.
Não deixar esse medo chegar

O conselho é não pular fases da vida. Com isso, você evita a angústia de sentir saudade de algo que não viveu.

Se você não vive plenamente cada momento, pode querer retornar e desenvolver um medo por não conseguir, afinal, aquele tempo já passou.

Para tratar a gerontofobia, não existe remédio. A terapia ajuda, mas existem ações práticas para entender e ver esse temor longe de você.

"Envelhecer não significa adoecer. Desde cedo, é preciso colocar crianças e jovens em convívio com as outras idades para perceberem que é uma coisa natural. Muitos jovens vivem como se nunca fossem ficar velhos. Essa convivência com as outras gerações também mantém o idoso ligado aos acontecimentos atuais e faz parte de um envelhecimento sadio", explica Maria Cristina.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Estudo relaciona qualidade do sono e depressão infantil


A análise dos transtornos do sono pode ser uma forma eficaz de detectar precocemente a depressão na infância, caracterizada por tristeza, ansiedade, pessimismo, mudanças no hábito alimentar e no sono, fraqueza, dores, tonturas e mal-estar geral, ou mesmo irritação, agressividade, hiperatividade e rebeldia. É o que atesta um estudo realizado no Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que revelou que pelo menos 75% dos pacientes com depressão apresentavam perturbações do sono.

O estudo – que ganhou o prêmio de melhor trabalho científico no VI Congresso Paulista de Neurologia e Psiquiatria Infantil – envolveu 40 crianças com idade entre 6 e 12 anos, diagnosticadas no Hospital das Clínicas por meio de entrevista e análise dos sintomas, e encaminhadas para o Instituto do Sono da Unifesp.

A pesquisadora Maria Cecília Lopes Conceição conseguiu provar que, assim como nos adultos com depressão, a fase do sono correspondente ao Movimento Rápido dos Olhos (REM) também chega mais rápida nas crianças com depressão. O sono é divido em duas fases: Sono Sem Movimentos Oculares Rápidos (NREM), que é o sono mais leve e é subdividido em quatro fases, e uma fase de Sono com Movimentos Oculares Rápidos (REM), que é mais profundo. É nesse estágio que ocorrem os sonhos. Esse processo todo se repete por três ou quatro vezes.

A duração dos ciclos NREM-REM é de 90 minutos. No caso das crianças deprimidas, o REM é atingido mais rapidamente e também apresenta duração mais curta do que em crianças saudáveis. “O REM é uma fase importante para a memória. Quem apresenta o distúrbio, pode ter, além da depressão, problemas de aprendizado”, disse a pesquisadora, acrescentando que o distúrbio também pode acarretar problemas orgânicos, como uma produção menor do hormônio do crescimento.

O trabalho foi pioneiro ao utilizar a polissonografia para detectar com precisão a depressão em crianças. Até o momento, a detecção da doença vinha sendo feita em consultório, por meio de entrevista com o paciente e da suspeita dos pais em relação a alterações comportamentais da criança. Com o exame polissonográfico é possível medir todas as contrações musculares e alterações neurofisiológicas que ocorrem durante os diversos estágios do sono.
FONTE: http://www.boasaude.com.br

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Reduzir a ansiedade às refeições



Grande parte das crianças, em alguma fase do seu desenvolvimento, recusam comer determinados alimentos. Tal como os adultos, também elas têm as suas preferências, contudo, o que geralmente acontece é que os alimentos mais saudáveis são aqueles que elas colocam na sua lista de “alimentos indesejados”. Apesar de ser comum, as crianças resistirem à ingestão de alguns alimentos, esta recusa alimentar pode constituir um problema.

Quando a restrição de alimentos é cada vez maior e não existe qualquer tipo de abertura à experiência e quando surgem queixas como, dores de barriga, vómitos e um mal-estar geral, pode significar que os momentos de refeição são encarados como situações desencadeadoras de grande ansiedade. Como tal, é importante perceber qual o motivo pelo qual a criança encara os momentos de refeição como algo stressante para ela. Poderá ser simplesmente porque lhes rouba algum tempo das suas brincadeiras, ou por outro lado, poderá estar associado a factores mais complexos.

O papel dos pais é fundamental neste processo de “luta pelos alimentos”, e uma das formas que poderá ajudar a criança a ultrapassar esta dificuldade com a comida, será por exemplo criar uma pequena história onde ela será envolvida.

Ela poderá ser um super-herói, ou soldado, que conquista alimentos, e que é reconhecido por todos, por ser um personagem forte, que luta contra as suas adversidades.

Para motivar a criança nesta conquista, poderá criar com ela um quadro com autocolantes a cada alimento conquistado, e assim que completar cada linha, terá direito a um prémio, como por exemplo, um jogo divertido em família, ou até a sua refeição preferida no final da semana.

Se os momentos de refeição lá em casa, são encarados pelo seu filho com alguma ansiedade, procure suavizar os momentos das refeições, com pequenas histórias e evite pressionar demasiado a criança. Tente combinar com ela pequenas recompensas e procure mostrar-lhe que os momentos de refeição fazem parte da rotina familiar, e que todos beneficiam desse momento único. É igualmente importante que a refeição seja igual (caso não haja nenhuma excepção) para todos os elementos da família, ainda que em doses diferenciadas.

Em situações, nas quais a recusa alimentar é predominante, e onde surgem queixas somáticas associadas, é aconselhável procurar ajuda junto de profissionais de saúde.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Como curar medos irracionais?

Medo de situações irreais podem trazer limitações ao dia a dia e devem ser tratados com ajuda de um psicólogo


Falar em medo é sempre algo muito particular, porque cada pessoa interage de maneira diversa as situações. No entanto, sempre que você sente medo, vale a pena fazer dois tipos de reflexão: 
  • Você sente medo de alguma coisa ou situação? Conhece alguém que sente?
  • Até que ponto seu medo é considerado normal?
Essas são perguntas básicas para que você possa começar a pensar sobre o tema. Mas, afinal, o que é o medo? 
 
O medo é um estado emocional que desperta atenção e o movimento de alerta para a consciência do perigo. É também uma preocupação, com foco no que pode vir a acontecer. A pessoa que sente medo tem temor de estar sendo ameaçado, que algo possa fazer-lhe mal. Esse sentimento é de ansiedade, receio, pavor e pânico, que de modo geral funciona como uma proteção. 
O medo não é só mental, no sentido de que ele, atinge a mente e o corpo. Uma vez experimentado esse estado de ansiedade forte e marcante, há respostas fisiológica no organismo: liberação de hormônios ligados ao estresse (adrenalina e cortisol) com o objetivo de proteção, preparando o indivíduo para lutar ou fugir. 

Então, o que faz uma pessoa sentir medo e outra não?

As diferentes respostas estão na percepção e aprendizado de cada um. Se uma pessoa foi criada, por exemplo, numa fazenda, tende a interagir melhor com animais do que aquela que foi criada numa cidade grande sem contato com bichos. Ou seja, a repetição da exposição da pessoa a determinado estímulo pode mudar conforme a vivência e isso muda o despertar do medo. 
Mas isso é uma parte. O medo também vem de uma situação negativa real vivida. Ou seja, se uma pessoa teve uma situação ruim, por exemplo, com animais, pode sentir medo, mesmo tendo vivido toda a vida numa fazenda. Além de uma situação negativa, pode acontecer também uma situação um pouco mais forte, considerada traumática, experiência realmente ruim que marca a pessoa, de tal forma, que se cria uma memoria forte e pesada sobre o tema, e tudo que se relaciona a isso será sentido como ameaçador, causando mal estar. 
O medo também está ligado ao aprendizado de outras pessoas. Se alguém vê uma pessoa sofrendo numa situação, pode fantasiar e sentir medo imaginando o que a outra viveu e passou.
Com isso, uma das coisas que se pode afirmar sobre medo é um alto grau de fantasia e imaginação. Além disso, outro ponto para se pensar, é o foco de atenção. Onde está sua atenção ao sentir medo? E onde esta sua atenção ao não sentir medo? O que pensa sobre isso? 

Existe medo racional e irracional?

Medo é medo. Não há distinção entre racional e irracional. O que se pode entender é que algumas situações devem ser evitadas, porque de fato são perigosas, mas essas não são aquelas que limitam a vida das pessoas. Afinal, um dos grandes problemas do medo é deixar de viver a vida de forma saudável para evitar o medo a qualquer custo. 
No livro "O Segredo para Vencer o Medo" (Ed. Universo dos Livros, 2011) você pode encontrar varias maneiras de cura do medo, segue algumas ideias sobre o tema: 
  • Dessensibilização: você pode quantificar através de uma escala de medo, por exemplo, dando uma nota de 0-10, ou seja, do mais leve medo ao mais forte pavor. E repetir a quantificação a cada etapa de aproximação do objeto fóbico. E você pode, também, progressivamente, passo a passo enfrentando o medo sem pressa, atuando no seu tempo e ritmo. Com isso, há uma mudança e atenção permanente no processo de cura e ressignificação dos estímulos antes de medo para a evolução da neutralidade e bem estar
  • Planejamento: criar uma estratégia para interagir gradualmente com aquilo que gera medo
  • Aprendizado com outra pessoas: observar como as pessoas que não tem medo lidam com a mesma situação e aprender com elas
  • Relaxamento corporal e mental: diminuir a ansiedade através de relaxamento corporal e respiração lenta e profunda.
As sessões de hipnose, programação neurolinguística (PNL), coaching de vida e EMDR são excelentes formas de cura e bem-estar. 
Agora que você tem as informações acima, pode começar a trabalhar sobre seu medo ou ajudar alguém que você conhece que sente. Procure um profissional qualificado para lhe orientar no melhor caminho para você de cura e liberdade. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Pesquisadores encontram ligação entre sonhos lúcidos e autorreflexão


A capacidade de controlar o que acontece nos sonhos é algo que soa muito agradável, tanto que há diversas páginas de informações online que ajudam os indivíduos a alcançar esse estado curioso, conhecido como sonho lúcido. Apesar de ser um fenômeno bem reconhecido, ainda sabemos muito pouco sobre ele e por que algumas pessoas parecem passar por isso mais frequentemente do que outras.

Agora, um novo estudo realizado por cientistas do Instituto Max Planck tem oferecido uma visão diferente sobre o assunto, com a constatação de que uma determinada região do cérebro é maior em sonhadores lúcidos. Tal região é conhecida por estar envolvida na autorreflexão. Segundo os pesquisadores, isso pode significar que quem passa por esta experiência é melhor em autorreflexão quando acordado.

“Nossos resultados indicam que a autorreflexão na vida cotidiana é mais pronunciada em pessoas que podem facilmente controlar os seus sonhos”, declarou a autora, Elisa Filevich.

Durante um sonho lúcido, os indivíduos estão conscientes de que estão sonhando, mas não deixam o estado de sono. Algumas pessoas são até mesmo capazes de controlar o que está acontecendo nesse mundo irreal, o que lhes permite sonhar com qualquer coisa que desejarem. Embora o sonho lúcido seja mal compreendido, estudos têm mostrado que os sonhadores lúcidos frequentes demonstram maior conhecimento na vida cotidiana do que sonhadores inconscientes.

Algumas pessoas também relataram que a autorreflexão é mais pronunciada em sonhos lúcidos, razão pela qual alguns cientistas acreditam que o fenômeno pode estar ligado à metacognição – ou pensar sobre o pensar. No entanto, ninguém tinha explorado antes as relações entre o sonho lúcido e o monitoramento de pensamento ao nível neural, que é o que o estudo atual fez.

Para a investigação, os cientistas pediram aos participantes que preenchessem um questionário para examinar sua capacidade de sonho lúcido, e depois os dividiram em grupos dependendo da frequência com que faziam isso. Exames de ressonância magnética estruturais e funcionais foram tirados de todos os voluntários, que foram então comparados pelos pesquisadores.

Conforme descrito no “The Journal of Neuroscience”, as imagens do cérebro revelaram que, em comparação com aqueles dentro do grupo com poucos sonhos lúcidos, os sonhadores lúcidos mais frequentes tinham um maior volume em uma região do cérebro chamada de córtex pré-frontal anterior. Esta área está envolvida no controle dos processos cognitivos conscientes e também desempenha um papel na nossa capacidade de autorreflexão. Paralelamente a esta aparente mudança na estrutura do cérebro, os pesquisadores também observaram diferenças na função cerebral. Eles descobriram que aqueles no grupo altamente lúcido exibiam mais atividade nesta região do cérebro durante testes de metacognição, ou monitoramento de pensamento, enquanto acordados.

De acordo com os pesquisadores, estes resultados sugerem uma relação entre a metacognição, especialmente o controle do pensamento, e os sonhos lúcidos, e que essas duas habilidades compartilham redes neurais.