sexta-feira, 1 de setembro de 2017

5 passos para superar um trauma emocional


Quando você se corta, faz um curativo. Se está com dor de cabeça, toma um analgésico. Rinite? Um antialérgico deve resolver. Agora, e quando é preciso enfrentar algum trauma emocional, como agir?

Apesar de não existir um remedinho específico para essa situação, algumas dicas podem ajudar você a tomar conta das questões emocionais de uma maneira melhor. Isso é o que alguns especialistas chamam de psychological first aid, ou primeiros socorros psicológicos, traduzindo para o português. Veja a seguir cinco passos que compõem essa técnica.

Primeiros socorros para trauma emocional

1. Compreensão dos problemas

No processo de cura, o primeiro passo é o mais importante, uma vez que é essencial para a compreensão de uma verdadeira mudança. É preciso entender que há feridas mentais, adquiridas no passado, que normalmente ficam no seu inconsciente.

Esses traumas, ao contrário dos problemas físicos, não cicatrizam e, volta e meia, voltam à tona. O ponto é que, ao compreender isso, já é um início para saber como se comportar daqui para frente.

2. Assunção de responsabilidades

No entanto, de nada adianta estar ciente dos problemas se você os transfere para outra pessoa. Por exemplo, seguidamente atribui-se a raiva a um terceiro ou a uma determinada situação. Dessa forma, rejeitam-se a responsabilidade e a culpa. Tenta-se encontrar um bode expiatório para validar o comportamento como aceitável.

Para alcançar uma verdadeira mudança, é preciso aceitar e perceber que a tristeza, a infelicidade, a inveja ou a raiva estabelecem relação com suas atitudes. Ou seja, são quase sempre as consequências de algum ferimento interno. Deve-se, portanto, parar de encontrar desculpas para o seu comportamento o tempo todo e estar ciente de que esses são produtos seus.

3. Experiências e empatias

Para curar um trauma emocional, deve-se também ficar alerta para reconhecer os padrões de comportamento que estão enraizados na ferida interna. Por isso, é preciso concentrar-se na própria emoção específica.

Por exemplo: se sente-se raiva, deve-se experimentá-la ao máximo. Deixe completamente a emoção tomar conta e a vivencie. Veja como ela funciona.

4. Retorno à dor

Uma vez experimentada a tristeza, a infelicidade, a inveja ou a raiva ao máximo, tente voltar ao passado e encontrar a raiz desses sentimentos. Assim, detecte a ferida interna original que alimenta essa emoção particular.

5. Recuperação

Por fim, fique em estado de alerta sem fazer julgamentos. Ao observar, reconheça os padrões condicionados da mente. É chegada a hora de se encerrar o passado e abrir caminhos para novos rumos. Desse modo, lentamente. a qualidade irá voltar para a sua vida.

Como lidar com as reações pós-traumáticas

Se, mesmo assim, o trauma emocional não for resolvido, qual é a hora certa de procurar ajuda? Segundo estudo publicado na Revista "Trends in Psychology/Temas em Psicologia", periódico trimestral da Sociedade Brasileira de Psicologia, o ideal é buscar aconselhamento profissional após 48 horas do episódio aflitivo.

Se após esse período, os sintomas persistirem, uma avaliação clínica das reações pós-traumáticas deverá ser feita para investigar se há diagnóstico de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático). Diagnosticada a doença, a avaliação clínica continua durante o processo terapêutico, a fim de monitorar o progresso do tratamento e coletar informações adicionais.



Nenhum comentário:

Postar um comentário