quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Por que não vamos com a cara de algumas pessoas sem conhecê-las?


Existem certas pessoas cujos atos, ideologia ou aspecto nos causam uma imediata rejeição, embora não as conheçamos. Nesses casos, sua simples imagem pode gerar um sentimento de repulsa que, de algum modo, somos capazes de entender. Mas há ocasiões em que alguém nos cai mal e não podemos encontrar as razões. Não se trata de que seja alguém repulsivo: certamente cairá muito bem para muitas outras pessoas − mas não para nós. Nestes casos em que o sentimento próprio não corresponde à tônica geral, pensamos: o que faz com que as pessoas nos caiam bem ou mal à primeira vista? Fala-se muito das paixões e do amor à primeira vista, mas menos do fenômeno contrário. Como se explica isso de antipatizar logo de cara com alguém?

Segundo José Manuel Sánchez Sanz, diretor do Centro de Estudos de Coaching de Madri (Espanha), essa “flechada” negativa funciona como “um mecanismo de sobrevivência que nos põe em alerta diante de circunstâncias que nosso cérebro tem catalogadas como perigosas ou ameaçadoras”. Embora existam situações ou objetos universais que geram repúdio, cada um de nós tem seu próprio catálogo pessoal de aversões mais ou menos conscientes: “O rechaço será nossa resposta corporal para situações desagradáveis ou inquietantes”. Com a sensação ruim a respeito de alguém, “procuraremos evitar um dano físico ou psicológico posterior”.

No nível fisiológico, aludindo à teoria daquele que é considerado o pai do estudo da inteligência emocional, Daniel Goleman, a reação natural de alerta surgirá na amígdala cerebelosa, “uma região do cérebro responsável, em grande medida, pelos julgamentos rápidos que emitimos a respeito das pessoas”, explica Sandra Burgos, da 30k Coaching. “Qualquer emoção que nos leve a comportamentos viscerais está sendo administrada diretamente por essa glândula, por isso a resposta automática não é racional, e sim espontânea e instintiva”.

Quem essa pessoa me lembra?

“Há pessoas que sentem antipatia pelos chefes, e há quem tenha aversão às pessoas loiras ou altas, jovens ou que sempre sorriem. A lista é infinita”, afirma Sánchez Sanz. Mas por que será que alguém sobre quem não temos nenhuma informação pode nos parecer uma ameaça? “Em muitos casos, trata-se de sinais que a outra pessoa emite e evocam em nós lembranças de experiências ou de pessoas desagradáveis com as quais tivemos contato em outro momento de nossas vidas”, explica o pesquisador. Assim, um traço facial, um cheiro, um timbre de voz ou até mesmo um tique ao falar bastaria para fazer essa glândula reagir e disparar o alerta. O percurso de vida de cada um determinaria, então, quais estereótipos lemos em uma ou outra direção.

Um dos detonantes mais claros da evocação é o cheiro. O olfato, segundo Teresa Baró, especialista em comunicação não verbal, é um dos sentidos mais desenvolvidos, mas menos levados em conta na hora de analisar sua influência em nosso comportamento: “É uma via de comunicação pela qual geramos sensações agradáveis ou desagradáveis”.

Aquilo que rejeitamos nos delata

Outro condicionante subjetivo é que as características visíveis dessa pessoa que nos cai mal sejam aquelas que rejeitamos de nós mesmos: “Boa parte do que evitamos energicamente no outro tem a ver com aspectos de nós mesmos dos quais não gostamos, embora não queiramos reconhecer”, revela Sánchez Sanz. Se isso ocorre mesmo sem que tenhamos certeza de que essas características odiadas estão presentes na outra pessoa, a explicação pode estar em um estudo da Wake Forest University, nos EUA. Segundo esse estudo, o ser humano tende a projetar nos outros alguns dos traços de sua personalidade.

Assim, da próxima vez que antipatizar com alguém à primeira vista, reflita sobre que parte de você seria bom mudar. “As pessoas com autocontrole não deixam que a amígdala cerebelosa as domine, nem diante de alguém cujos sinais corporais, verbais ou estéticos provoquem nelas uma rejeição automática.

O que nos transmitem sem falar

Além dos julgamentos iniciais ligados à experiência subjetiva, para alguns especialistas existem características pessoais (algumas modificáveis e outras não) que podem inclinar a balança para o rechaço ou a atração por alguém desconhecido. Autores como Paul Ekman, psicólogo pioneiro no estudo das emoções e de sua manifestação no rosto, consideram determinante a linguagem corporal: “Mesmo quando não dizemos nada verbalmente, continuamos comunicando, e podemos emitir sinais não verbais que gerem rejeição em outros”, recorda Sandra Burgos. Os pesquisadores consideram que há algumas posturas que podem causar má impressão em outras pessoas. Por exemplo, “aquelas indicadoras de uma atitude distante ou pouco afável, como cruzar os braços ou as pernas em direção contrária ao lugar onde nos encontramos”, assinala a diretora da 30k Coaching. A presença de microexpressões faciais de ira ou desprezo atua como um repulsivo natural, ao contrário do que ocorre com uma expressão amável ou de amizade.

Outro elemento que se deve levar em conta é se a pessoa combina ou não com o ambiente. Para Álvaro e Víctor Gorda, diretores do centro universitário Imagen Pública, no México, “uma imagem que destoe da que se espera de nós em uma determinada situação poderia causar rejeição por violar a norma implícita do evento ou situação”.




Fonte: EL PAÍS

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

13 sintomas para detectar um ataque de ansiedade e como ajudar quem o sofre


Os ataques de ansiedade estão relacionados com momentos de estresse ou acontecimentos traumáticos, embora possam ocorrer mesmo em situações de calma. Conhecer alguém que sofre ou já sofreu um é algo bem comum: de acordo com um estudo publicado pela Sociedade Internacional de transtornos afetivos, mais de 10% da população adulta na Espanha sofreu um ataque desses.

Essas crises, também chamadas de “ataques de ansiedade” ou “ataques de pânico” são “uma reação emocional extrema de alarme, que chega a causar medo”, explica a Verne por telefone Antonio Cano Vindel, professor de Psicologia na Universidade Complutense de Madrid e presidente da Sociedade Espanhola para o Estudo da Ansiedade e Estresse.

“Ocorre um ciclo vicioso”, diz Cano. “Se a pessoa afetada começa a ter taquicardia, acha que pode estar sofrendo um ataque cardíaco, por isso se assusta, aumenta a ansiedade e a taquicardia piora”. A chave para minimizar os ataques e até evitá-los é, portanto, conhecer os sintomas “para não ampliá-los e saber que não podem causar nenhum dano”.Para Cano, uma das principais causas pelas quais alguém entra em pânico durante as crises de ansiedade é o medo que produz o desconhecimento dos próprios sintomas. “São semelhantes aos de uma situação de ansiedade comum, a mesma que se pode sentir ao fazer um exame ou uma entrevista de emprego”, explica, “mas ao aparecer sem explicação aparente, produzem medo e inquietude”. Por sua vez, esse medo e inquietude retroalimentam os sintomas.

Sintomas para identificar um ataque de ansiedade

Entre os sintomas que apresenta um ataque de ansiedade, Cano enumera:

1. Aumento brusco da sensação de ansiedade e medo

2. Taquicardia

3. Fortes palpitações

4. Aumento da temperatura corporal

5. Sudoração

6. Tremores

7. Sensação de irrealidade

8. Despersonalização (sentir-se fora de si mesmo) ou desrealização (sensação de que o que está acontecendo não é real)

9. Medo de morrer, perder o controle ou o conhecimento

10. Sensação de estar se afogando

Além dos sintomas mencionados por Cano, o Manual diagnóstico de transtornos mentais, da Associação Norte-Americana de Psiquiatria, também enumera:

11. Sufocação

12. Opressão ou desconforto no peito

13. Sensação de entorpecimento ou formigamento.

Em um ataque de ansiedade nem todos esses sintomas aparecem. Com o surgimento da sensação de ansiedade e medo – sintoma principal – devem aparecer pelo menos mais quatro sintomas dos enumerados acima. Todos eles começam abruptamente e, se não forem controlados, atingem seu auge nos primeiros 10 minutos. Não têm uma duração determinada: “Vai depender de como a pessoa processar e quanto demore para se distrair”, explica Cano.

“Os fatores que pioram uma crise de ansiedade são a magnificação e a atenção aos sintomas”, diz o psicólogo. “Além disso, nos casos de pessoas que já sofreram um, a antecipação: a própria ansiedade que provoca pensar em um ataque pode chegar a provocá-lo”. A chave para o psicólogo é, portanto, conseguir desviar a atenção dos sintomas assim que aparecerem, para não agravá-los.

Como ajudar uma pessoa que sofre um ataque de ansiedade

A prioridade para que um ataque de ansiedade desapareça é conseguir que a pessoa afetada pare de pensar nos sintomas que está sofrendo. Para isso, Cano recomenda:

1. Manter uma conversa ativa: “A chave é conseguir distrair a pessoa, embora não seja fácil, porque sua atenção vai se concentrar no que acha que a está ameaçando”, diz Cano. Para o professor, a forma de desviar a atenção é “fazer todo o possível para que o afetado fale”.

2. Ajuda não magnificar os sintomas: é importante tentar que a pessoa afetada entenda que nada do que está acontecendo pode causar danos. Enquanto falamos com ela, “devemos tentar mostrar que são os mesmos sintomas que temos quando fazemos uma prova ou falamos em público”, diz Cano.

3. Normalizar a situação: “Um dos medos que ocorrem no início de um ataque de ansiedade é que os sintomas sejam observáveis”, disse Cano. É importante, portanto, evitar chamar a atenção e que pessoas se aglomerem ao redor do afetado.
E o saco plástico?

No imaginário coletivo está a ideia de que, quando acontece um ataque de ansiedade, é preciso que o afetado respire em um saco plástico. É porque os ataques de ansiedade estiveram ligados por muito tempo à hiperventilação, uma respiração excessiva que causa uma diminuição do dióxido de carbono no sangue. Esta redução produz, por sua vez, sintomas associados com a ansiedade, como tonturas ou taquicardia.

No entanto, a hiperventilação não é a causa dos ataques: um estudo do Centro de Estudo da Ansiedade na Universidade de Boston, que tentou induzir ataques de pânico por hiperventilação, concluiu que ela nem sempre produz uma reação de ansiedade. “Para alguns pode funcionar”, diz Cano “mas a hiperventilação não é o verdadeiro motor das crises”, diz Cano. “A magnificação e a atenção aos sintomas são causas, e é isso que devemos tentar combater”.


Fonte: EL País

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Estudo revela que ser otimista ajuda a viver mais




Ver o lado bom das coisas é uma das melhores formas de lidar com os momentos difíceis e as adversidades que aparecem no dia a dia. E uma pesquisa recente da Universidade de Harvard comprovou que ser otimista é tão benéfico que, até mesmo, ajuda a viver mais.

Por que ser otimista faz bem

O estudo, que foi publicado no American Journal of Epidemiology, contou com 70 mil mulheres inscritas no Nurses 'Health Study, um monitoramento da saúde das mulheres por meio de investigações a cada dois anos. Os dados analisados foram de 2004 a 2012.

Os pesquisadores estudaram os níveis de otimismo das voluntárias e outros fatores, como etnia, pressão alta, alimentação e atividades físicas. Esses pontos são considerados como determinantes para como o otimismo afeta o risco de mortalidade.

O que foi identificado é que as mulheres otimistas, durante um período de oito anos, apresentaram quase 30% menos chances de morrer, por qualquer uma das doenças analisadas, ao serem comparadas com as menos otimistas.

A pesquisa revelou ainda que as otimistas apresentavam 16% menos riscos de morrer de câncer, 38% menos chances de morrer em decorrência de doenças cardíacas, 39% menos probabilidade de morrer por acidente vascular cerebral, 38% menos chances de morrer por doenças respiratórias e riscos 52% menores de morrer por alguma infecção.

Em 2012, cientistas da Harvard já haviam feito estudos que comprovaram que pessoas otimistas têm menos risco de sofrerem doenças cardíacas e derrames.

Como ser otimista?

A psicóloga Maura Albano explica que a psicologia cognitiva e comportamental trabalha com o foco no pensamento. “A pessoa identifica como é o seu padrão de pensamento e se possui o que chamamos de distorções cognitivas, que são os pensamentos distorcidos, exagerados. Um dos tipos é a catrastoficação, que é quando a pessoa pega um fato e o aumenta, pensando que vai acontecer o pior em relação a ele e foca nisso”, esclarece.

Segundo a psicóloga, geralmente, a pessoa pessimista faz visualizações mentais e imagina coisas, o que pode provocar tristeza, ansiedade e pessimismo. “Para ser otimista, é preciso fazer o caminho contrário disso. Visualizar coisas positivas, ter planos, metas, colocar tarefas a se realizar e se sentir bem consigo mesma”, recomenda. No entanto, a especialista reforça que é importante não apenas fazer coisas, mas principalmente focar na manipulação mental. “E isso começa logo ao acordar, procurando visualizar como será o seu dia, sempre positivo, com coisas boas acontecendo”, finaliza.


terça-feira, 12 de setembro de 2017

Insônia pode ser causa (e não sintoma) da depressão


Quem tem dificuldade para dormir à noite pode estar em maior risco de desenvolver depressão e ansiedade. De acordo com um novo estudo publicado no periódico científico The Lancet Psychiatry, a insônia, que antes era vista como sintoma, pode ser, na verdade, a causa dessas doenças.

O estudo

No estudo, cerca de 3.890 pessoas que enfrentavam problemas para dormir foram divididas em dois grupos. O primeiro, depois de passar pela terapia cognitivo-comportamental, que visa reduzir fatores comportamentais que levam à insônia, apresentou 20% menos risco de sofrer de ansiedade e depressão, além de noites de sono 50% melhores, em relação ao outro grupo que não recebeu nenhum tipo de tratamento.

Como estratégia da terapia, os participantes foram aconselhados a manter diários, para registrar a progressão do sono ao acordar, ouvir fitas de relaxamento e não utilizar a cama para outras tarefas além de dormir, por exemplo.

Causa, não sintoma

“Os problemas de sono são muito comuns em pessoas com distúrbios mentais, mas por muito tempo a insônia foi banalizada como um simples sintoma. Esse estudo transforma essa velha ideia, mostrando que a insônia pode contribuir para o surgimento de problemas da saúde mental”, disse Daniel Freeman, principal autor do estudo, em nota.

Toda noite, uma em cada três pessoas enfrenta problemas para dormir. Acredita-se que a falta de sono prejudique a saúde mental porque não permite que o cérebro processe as novas memórias adquiridas e organize as mais antigas – o que pode colocar a pessoa em um ciclo vicioso de pensamentos negativos e repetitivos. “Nosso estudo fornece evidências de que o sono é um fator importante na compreensão dos problemas de saúde mental”, ressaltou Freeman.

"Uma boa noite de sono realmente pode fazer a diferença na saúde psicológica das pessoas. Ajudar as pessoas a dormir melhor pode ser um primeiro passo importante para enfrentar muitos problemas psicológicos e emocionais", concluiu o pesquisador.


Dormir pouco x relacionamentos

Outro estudo, realizado pela Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, mostrou que casais que dormem pouco brigam mais. Após analisarem 43 casais, que estavam juntos entre três e 27 anos, e seus padrões de sono, os pesquisadores concluíram que os casais que eram mais propensos a ser hostis durante uma discussão, tinham um padrão de menos de sete horas de sono.

Isso não significa que aqueles que dormiam mais de sete horas por noite não discutam, mas o tom do conflito era diferente. “Quando as pessoas dormem menos, é um pouco como se elas olhassem o mundo através de lentes escuras. Seu humor piora. Elas ficam mais carrancudas. A falta de sono prejudica a relação.”, explicou Janice Kiecolt-Glaser, diretora de Pesquisa de Medicina Comportamental do Instituto Estadual de Ohio e líder do estudo, ao jornal americano The New York Times.

A pesquisa revelou ainda que, além de propiciar conflitos no relacionamento, a falta de sono prejudica a saúde ao aumentar os níveis de proteínas inflamatórias no sangue após as brigas.

Por outro lado, os cientistas concluíram também que quando um dos parceiros da relação descansou mais, foi possível atenuar o efeito negativo da privação do sono no outro. Quando pelo menos um dos cônjuges estava descansado, havia menos probabilidade de se envolver em conversas hostis do que quando ambos haviam sido privados de sono.



Fonte: Veja

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

5 passos para superar um trauma emocional


Quando você se corta, faz um curativo. Se está com dor de cabeça, toma um analgésico. Rinite? Um antialérgico deve resolver. Agora, e quando é preciso enfrentar algum trauma emocional, como agir?

Apesar de não existir um remedinho específico para essa situação, algumas dicas podem ajudar você a tomar conta das questões emocionais de uma maneira melhor. Isso é o que alguns especialistas chamam de psychological first aid, ou primeiros socorros psicológicos, traduzindo para o português. Veja a seguir cinco passos que compõem essa técnica.

Primeiros socorros para trauma emocional

1. Compreensão dos problemas

No processo de cura, o primeiro passo é o mais importante, uma vez que é essencial para a compreensão de uma verdadeira mudança. É preciso entender que há feridas mentais, adquiridas no passado, que normalmente ficam no seu inconsciente.

Esses traumas, ao contrário dos problemas físicos, não cicatrizam e, volta e meia, voltam à tona. O ponto é que, ao compreender isso, já é um início para saber como se comportar daqui para frente.

2. Assunção de responsabilidades

No entanto, de nada adianta estar ciente dos problemas se você os transfere para outra pessoa. Por exemplo, seguidamente atribui-se a raiva a um terceiro ou a uma determinada situação. Dessa forma, rejeitam-se a responsabilidade e a culpa. Tenta-se encontrar um bode expiatório para validar o comportamento como aceitável.

Para alcançar uma verdadeira mudança, é preciso aceitar e perceber que a tristeza, a infelicidade, a inveja ou a raiva estabelecem relação com suas atitudes. Ou seja, são quase sempre as consequências de algum ferimento interno. Deve-se, portanto, parar de encontrar desculpas para o seu comportamento o tempo todo e estar ciente de que esses são produtos seus.

3. Experiências e empatias

Para curar um trauma emocional, deve-se também ficar alerta para reconhecer os padrões de comportamento que estão enraizados na ferida interna. Por isso, é preciso concentrar-se na própria emoção específica.

Por exemplo: se sente-se raiva, deve-se experimentá-la ao máximo. Deixe completamente a emoção tomar conta e a vivencie. Veja como ela funciona.

4. Retorno à dor

Uma vez experimentada a tristeza, a infelicidade, a inveja ou a raiva ao máximo, tente voltar ao passado e encontrar a raiz desses sentimentos. Assim, detecte a ferida interna original que alimenta essa emoção particular.

5. Recuperação

Por fim, fique em estado de alerta sem fazer julgamentos. Ao observar, reconheça os padrões condicionados da mente. É chegada a hora de se encerrar o passado e abrir caminhos para novos rumos. Desse modo, lentamente. a qualidade irá voltar para a sua vida.

Como lidar com as reações pós-traumáticas

Se, mesmo assim, o trauma emocional não for resolvido, qual é a hora certa de procurar ajuda? Segundo estudo publicado na Revista "Trends in Psychology/Temas em Psicologia", periódico trimestral da Sociedade Brasileira de Psicologia, o ideal é buscar aconselhamento profissional após 48 horas do episódio aflitivo.

Se após esse período, os sintomas persistirem, uma avaliação clínica das reações pós-traumáticas deverá ser feita para investigar se há diagnóstico de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático). Diagnosticada a doença, a avaliação clínica continua durante o processo terapêutico, a fim de monitorar o progresso do tratamento e coletar informações adicionais.