O orgulho é uma emoção que temos quando conseguimos ou alguém de quem gostamos conseguiu algo fantástico ou há muito esperado. É um misto de felicidade com sensação de missão cumprida, de esforço que valeu a pena e de recompensa pelo nosso trabalho.
No entanto, por vezes, o orgulho tem uma má reputação. Enquanto nos ajuda a sentir o nosso valor, aparentemente pode interferir com a empatia e fazer-nos passar por arrogantes ou egocêntricos.
O orgulho é um dos sete pecados mortais, lado a lado com sentimentos terríveis como inveja, ganância e arrogância.
Portanto, deverá ser classificado como uma virtude ou um defeito? Num artigo para a plataforma The Conversation, Neil McLatchie, professor de psicologia na Lancaster University, explica que olhando para as causas e as consequências do orgulho, verifica-se que este pode ser uma emoção moral.
No entanto, o orgulho é um pouco orientado socialmente, sendo que fazemos algumas coisas boas porque pensamos que as outras pessoas irão sentir orgulho pelas nossas ações. Um estudo revela que a maior parte das situações que provocam altos níveis de orgulho eram de natureza ‘social’. Ou seja, o orgulho era sentido de forma mais forte quando se tinha outras pessoas por perto, como familiares ou clientes, por exemplo.
Outro estudo também verificou que o orgulho nos pode motivar a contribuir para a sociedade, devido ao próprio reconhecimento que se pode receber.
No entanto há certos momentos em que as demonstrações de orgulho não são bem recebidas, como festejar quando se ‘ganha’ uma discussão, por exemplo.
O psicólogo concluiu que apesar de o orgulho poder certamente levar a exibições arrogantes, isto pode depender muito mais da personalidade de cada um do que do orgulho por si só. Remata que: “O orgulho enquanto emoção parece ser bastante funcional e existe para encorajar as pessoas a envolver-se em comportamentos de valor social mais propensos a unir as pessoas do que separá-las dividi-las”.
Fonte: Noticiasaominuto
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