quinta-feira, 19 de março de 2015

O que significa dizer que uma pessoa é assertiva?

"A assertividade ou autoafirmação é um processo de aprendizado que se inicia na infância"


Costumamos dizer que uma pessoa é assertiva quando ela é capaz de assegurar com firmeza e decisão aquilo que diz e faz. A assertividade pode ser equiparada à autoafirmação e a segurança em si mesma.
O indivíduo assertivo tem uma consciência clara de quais são seus direitos, os faz valer e não permite que sejam violados.

Por outro lado, o indivíduo pouco ou nada assertivo não tem muito claro onde terminam seus direitos e onde começam os do próximo, e por isso cede terreno e se deixa manipular pelos demais. Não confiando em suas próprias forças ele geralmente não luta, se sente derrotado por antecipação, foge das discussões convencido de seu fracasso, sentindo-se débil frente aos outros. Tende a estancar-se na vida por temor ao risco que implica uma mudança e chega a acomodar-se às situações mais incômodas para não se expor.

No trabalho pessoas pouco assertivas costumam, via de regra, serem exploradas por chefes e companheiros, assumindo tarefas e obrigações que não lhe concernem. Tudo isso por medo de enfrentá-los, reivindicando o mínimo que seja. No terreno afetivo costumam ser vítimas de chantagens contínuas. Seu maior medo é não serem queridas e, na ilusão de manterem o afeto alheio, se deixam manipular com grande facilidade.

A assertividade ou autoafirmação é um processo de aprendizado que se inicia na infância: a criança recebe a segurança através de seus pais ou protetores. São eles que decidem o que ela deve ou não fazer, delimitando seus direitos e obrigações e, ao mesmo tempo, protegendo-a dos perigos externos. Quando educada adequadamente, a criança aprende a renunciar a alguns de seus desejos, percebendo de que nem tudo no mundo lhe pertence e que deve respeitar os outros. Aprende também estimar e defender o que é seu como algo merecido. Ela poderá então ser preparada para tomar decisões próprias e ser consequente em seus atos.

Uma educação repressiva, que não lhe proporcione oportunidades, a faz crescer em um clima de medos e indecisões, podendo converter-se em um adulto ancorado na infância, que necessita constantemente de um protetor para resolver seus problemas e que acaba anulando seus próprios direitos, em virtude de não exercê-los.

A superproteção da criança também é prejudicial, pois é preciso que ela aprenda com seus erros para corrigir sua conduta e possa perceber os perigos que a cercam por experiência própria. Isso com uma adequada supervisão de seus educadores, para que tal experiência não seja excessivamente perigosa.

O desenvolvimento da assertividade começa na convivência no seio familiar e se prolonga durante os anos escolares, onde a criança deve aprender a defender seus direitos frente a companheiros e amigos. Isso lhe permitirá chegar firme à adolescência, habilitada a impor sua personalidade quando for necessário. Caso contrário, adotará frequentemente alguma postura negativa, como isolamento social, convertendo-se em um ser solitário e incapaz de relacionar-se com os outros por puro medo, ou buscará refúgio no grupo, perdendo sua identidade e critérios próprios dentro do "rebanho".

quinta-feira, 12 de março de 2015

Quando a licença-maternidade acaba


A volta da licença-maternidade dá frio na barriga e gera ansiedade. Algumas mães não conseguem mais se imaginar longe do filho. Outras sentem falta do trabalho. Mas o que a maioria tem em comum é a dúvida: como vai ser daqui pra frente? Será que vai dar certo voltar a trabalhar? 

No meio do impasse, uma boa decisão é voltar. Para experimentar e ver no que vai dar. Às vezes, a gente cria um monstro na cabeça, acha que vai dar tudo errado e depois vê que estava completamente enganada. Pode ser também que você veja que o seu trabalho não é mais o que combina com sua nova vida. Porém, pelo menos, você foi lá, testou e então pôde tomar uma decisão consciente.

Com quem deixar o bebê? Nessa hora, melhor não seguir o que deu certo com as amigas, mas sim o que cai bem no seu coração. Deixe com quem você se sentir mais confortável e segura. Afinal, é bem provável que fique preocupada com o bebê durante o dia fora, mas se não estiver segura da sua escolha, essa preocupação vai pesar mais.

Se eu puder dar um último pitaco...

Sugiro evitar o fantasma da culpa (como se fosse fácil, mas vai lá e tenta!), que muitas vezes é um reflexo daquela vontade de ser uma mãe onipresente e perfeita.

Você vai descobrir que nossos filhos precisam da mãe, mas também podem criar laços e se relacionar com outras pessoas. O vínculo com você não se quebra com a volta ao trabalho. Aliás, vínculo com a mãe é forte demais para ser quebrado!

Você já percebeu que sua vida se transformou desde o momento que o seu filho nasceu. E esse é só o começo. A boa notícia é que você vai se tornar uma pessoa melhor - e até mesmo uma profissional melhor. Porque a maternidade é de fato uma das oportunidades mais bacanas de a gente se tornar uma pessoa melhor.

Começa assim, com você aceitando os desafios para ser mãe nessa vida moderna em que a gente quer um pouco de tudo. Vai dar tudo certo. E você vai achar o seu jeito de fazer. Com amor, sempre dá certo!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Mãe deve dar espaço e valorizar a forma como o pai cuida do bebê



Após o parto, a mulher entra em um processo chamado de identificação primária e vai ficando cada vez mais sensível às necessidades do filho. O processo é tão intenso que muitas mães também se mostram apreensivas e resistem a deixar o bebê aos cuidados de outras pessoas, ainda que a oferta de apoio venha do pai da criança.

Boa parte da insegurança materna é fruto do desejo de prosseguir sentindo-se indispensável para esse ser pequenino. Mas a participação paterna é tão importante para o bebê quanto para a mãe que, menos sobrecarregada, pode aproveitar melhor esse novo estágio da vida em família.

O pai tem um papel específico e importante nesse primeiro momento de vida de seu filho, que consiste em sustentar emocionalmente a mulher.

O desgaste físico do pós-parto soma-se ao cansaço ocasionado pelos cuidados constantes com o bebê. É o suficiente para que a mãe acabe se esquecendo de si mesma, do marido e do resto da família. Aos poucos, essa situação pode se tornar estressante demais. Resultado: a disposição cai e os relacionamentos –com o bebê e o parceiro– ficam altamente prejudicados.

Fora isso, a volta ao trabalho é uma realidade para a maioria das mulheres. E o processo de retomada da vida profissional será mais fácil à medida que a mãe perceber que pode contar com uma rede de apoio, com pessoas que saberão cuidar do bebê quando ela precisar se ausentar, incluindo o pai.

Se o bebê se acostuma com os pais cuidando alternadamente dele, além de se sentir mais seguro, terá melhor qualidade de vida, principalmente no que diz respeito aos aspectos emocionais.

Para colher os benefícios para si e para o bebê, o primeiro passo é a mãe adquirir consciência dos próprios limites e valorizar a capacidade do pai –mesmo o de primeira viagem– de oferecer todo tipo de cuidado e atenção necessários à criança.

Se a mãe faz parecerem muito complicados os cuidados com o recém-nascido, não reconhece as habilidades do pai e ainda banca a supermãe, nenhum homem em sã consciência vai se aventurar a participar desse momento.

Nesse caso, os prejuízos serão significativos, de acordo com a profissional. Perde-se a possibilidade de estreitamento de vínculo entre pai e filho; a oportunidade de o casal desenvolver cuidados familiares juntos, o que fortalece a relação a dois; e a melhoria do equilíbrio emocional da mulher, como pessoa, mulher e mãe.
Divisão de tarefas

Evitar tantas consequências negativas é possível, mas, para isso, é fundamental que o casal se acostume a dividir todas as experiências relacionadas ao filho, desde a gestação. Já nessa fase é importante que os futuros pais conversem a respeito de suas expectativas, medos e das mudanças que a criança vai trazer à rotina do casal.

Discutir as necessidades do bebê, como pretendem se organizar para supri-las e qual a disponibilidade emocional e prática de cada um é essencial para garantir que o filho tenha bases sólidas para o seu desenvolvimento físico e psíquico.

O pai pode participar de todo o pré-natal, acompanhando a mulher em consultas sempre que possível e cuidando do bem-estar dela. Delegar certas tarefas ao pai, antes mesmo do nascimento do bebê, como pintar o quarto ou montar algum móvel, é algo extremamente positivo. Iniciativas como essa contribuem para o desenvolvimento da paternidade e ajudam a aproximar ainda mais a família.

Após o nascimento do bebê, o pai também pode auxiliar nas mais variadas tarefas, muito além da troca de roupa e de fralda. Ele pode dar banho, preparar o bebê para mamar, pode fazê-lo arrotar ou niná-lo quando acordar no meio da madrugada, poupando a mãe. No início, a mulher pode acompanhar o pai nesses cuidados. Com o tempo e a partir da parceria e do diálogo, a insegurança materna tende a diminuir.

A principal recomendação é evitar críticas exacerbadas à maneira como o pai executa as suas tarefas de rotina. O homem aprenderá mais se a mulher dividir com ele as descobertas sobre o bebê e se indicar o que já percebeu que o filho gosta, por exemplo, o jeito de ser manipulado no banho ou na hora em que precisa conciliar o sono e não consegue.

Todo mundo precisa de um modelo e de muito treino para adquirir autoconfiança em uma situação nova. E, nesse meio tempo, muitas fraldas ficarão mais ou menos mal colocadas. Mas se o ambiente entre os pais for afetuoso e a criança receber atenção e carinho, ela certamente não terá do que reclamar.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Grupo de Mulheres e suas Relações Co-Dependentes

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Estamos prorrogando o período de inscrições até o final do mês e início do curso, em Abril. Aproveite!