terça-feira, 30 de setembro de 2014

Amigos importam mais para a longevidade do que família, diz estudo


Não há dúvida que a harmonia familiar ajuda a ter uma vida mais tranquila, com menos problemas. Porém, para a longevidade, os amigos produzem maior impacto positivo do que as relações familiares, segundo um estudo australiano. Isso significa, de acordo com as conclusões dessa pesquisa, que as pessoas com uma boa rede de amigos e confidentes vivem mais tempo.
No levantamento de dez anos de duração com mais de 1,5 mil idosos acima de 70 anos, realizado pelo Centro de Estudos do Envelhecimento da Universidade Flinders, em Adelaide, na Austrália, os pesquisadores descobriram que aqueles que tinham mais amigos e contatos sociais apresentaram uma longevidade 22% maior. Já as relações com filhos e outros familiares, mesmo que próximas, tiveram pouco efeito nas taxas de longevidade.Para o médico de família Rodrigo Lima, diretor da SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade), boas relações, tanto com a família quanto com os amigos, influenciam a saúde. "Normalmente, pessoas que têm bons relacionamentos interpessoais tendem a adoecer menos. É algo que verificamos na prática", observa.
Lima acredita que as amizades podem gerar mais efeitos positivos porque são fruto da escolha, das afinidades e não carregam o fator de estresse que muitas vezes envolve a família. "Não se pode fugir da família. Se alguém não se dá bem com a mãe, não há muito o que fazer a não ser tentar resolver o problema. Diferentemente do amigo, que você se afasta", exemplifica.
A psicóloga e professora da USP (Universidade de São Paulo) Deusivania Falcão, pesquisadora de temas relacionados à psicologia do envelhecimento e família, também concorda que uma relação pautada na escolha traz benefícios à qualidade de vida. "Algumas pesquisas indicaram que as relações sociais eletivas [amizades] têm mais potencial de proteção para o bem-estar subjetivo e a saúde dos idosos", acrescenta.
Qualidade das relações
Deusivania supõe que o impacto na longevidade aconteça porque os amigos funcionam como sinalizadores da condição de saúde. "Os amigos são fonte de suporte social, fornecem parâmetros sobre como estamos, favorecem autoavaliações e reflexões sobre as escolhas a serem feitas na vida", explica.
Para a geriatra Carla Perissinotto, professora do Departamento de Medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos, os amigos ajudam porque são os primeiros a perceber se não estamos bem e a nos encorajar a buscar cuidados médicos. Entretanto, Carla, que também desenvolve estudos acerca dos efeitos da solidão em idosos, diz que ainda não está claro se realmente ter mais amigos influencia na longevidade. "Sentir-se conectado e não solitário é o mais importante", ressalta.A médica afirma que a qualidade das relações com os amigos e a família é o que mais conta para a saúde. "Algumas pessoas podem ter muitos amigos reais ou no Facebook, mas ainda assim se sentirem sozinhas", destaca.
Por serem compreendidas e estarem mais conectadas aos amigos, muitas pessoas ficam melhor e menos solitárias na companhia deles do que ao lado dos familiares, segundo Carla. Mas, na opinião da médica, não é possível generalizar que os amigos são mais importantes do que a família na questão da longevidade, depende do estilo de vida de cada um.
O diretor da SBMFC lembra que a influência das amizades na saúde acontece tanto para o bem quanto para o mal. "Você pode ter um bom estímulo para deixar de fumar ou um amigo fumante que atrapalha quando você quer parar", exemplifica. Porém, de maneira geral, o médico acredita que as pessoas, naturalmente, tendem a cuidar umas das outras.
Sensação de solidão
A longevidade envolve uma série de fatores, desde genéticos a econômicos, como o acesso aos serviços de saúde. Contudo, independentemente desses aspectos, ter contatos sociais e não se sentir sozinho contribuem para uma vida mais longa.
"Uma das melhores maneiras de regular as emoções é cultivar o meio social, pois a pessoa tende a maximizar as experiências positivas e minimizar as negativas com os semelhantes", diz a psicóloga Deusivania Falcão.
A solidão é um fator de risco importante para a saúde. Em suas pesquisas, a professora da Universidade da Califórnia descobriu que pessoas solitárias tinham 50% a mais de chance de morrer e de perder a independência. O problema é bastante comum acima dos 60 anos. Entre os entrevistados nessa faixa etária, mais de 40% disseram que se sentiam solitários.
A médica geriatra explica que as pessoas que moram sozinhas não têm necessariamente mais problemas de saúde. "Depende mais se a pessoa se sente solitária. Temos que ser bastante cuidadosos para entender que morar só e solidão são conceitos diferentes", diferencia Carla.
Para quem quer viver mais, os especialistas fazem as recomendações de praxe, manter uma boa alimentação, praticar atividade física, ter uma vida social e continuar ativo. Rodrigo Lima enfatiza que é essencial aproveitar a vida, ter amigos, atividades de lazer e não alimentar uma preocupação excessiva em não adoecer.

"Na média, as pessoas que são mais felizes vivem mais. O fato de estar feliz ou triste interfere diretamente na imunidade do organismo", diz.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Altruístas extremos possuem cérebros únicos

O altruísmo é um mistério para psicólogos e biólogos evolucionistas há séculos


Parece algo contraditório, do ponto de vista da evolução e da sobrevivência, que os seres humanos ajudem os outros para seu próprio prejuízo. Ainda assim, não só alguns de nós fazem isso o tempo todo, como a maioria se sente realmente bem ao realizar um ato altruísta.Agora, um novo estudo da Universidade Georgetown e da Universidade de Washington em Seattle (ambas nos EUA) que analisou a biologia de pessoas muito altruístas descobriu que elas possuem um cérebro diferente das outras pessoas. Aliás, essa diferença é o exato oposto da diferença que o cérebro dos psicopatas tem em relação à média das pessoas.
Em resumo, uma região específica do cérebro que desempenha um papel importante na capacidade das pessoas de cuidar e se importar com os outros é maior que o normal nos altruístas extremos, e menor que o normal nos psicopatas.

O estudo

Os pesquisadores optaram por estudar “altruístas extremos”, e por isso escolheram para o estudo pessoas que doaram um rim para alguém que nem sequer conheciam.
19 adultos saudáveis que tinham doado um rim a um desconhecido e outros 20 adultos que foram recrutados na comunidade local como grupo de controle viram imagens de pessoas com expressões faciais amedrontadas, raivosas e neutras, enquanto sua atividade cerebral era medida com ressonância magnética.
De todas as expressões, os pesquisadores estavam mais interessados mas respostas dos participantes aos rostos amedrontados.
Estudos anteriores já haviam mostrado que as expressões de medo provocam sentimentos de compaixão nas pessoas altruístas. De fato, os altruístas do novo estudo exibiram uma sensibilidade muito maior às expressões de medo, evidenciada pela maior atividade em suas amígdalas (a parte em forma de noz do cérebro que processa as emoções).

Amígdala maior

O lado direito da amígdala dos altruístas era 8% maior do que o de pessoas que não tinham doado um órgão.
Estes resultados oferecem um contraste impressionante com a pesquisa anterior da equipe no cérebro de psicopatas.
Em seu estudo de 2013, eles mostraram imagens de ferimentos dolorosos para 14 adolescentes com traços psicopáticos e para um grupo de controle. Os cientistas descobriram que a amígdala direita em psicopatas era menor e menos ativa do que a de uma pessoa normal. Psicopatas também eram muito menos sensíveis à dor dos outros, indicando uma menor capacidade de sentir compaixão.
Por isso, os pesquisadores acreditam que a nossa arquitetura neurológica, especificamente a amígdala, ajuda a moldar nossas tendências altruístas.
A amígdala pode atuar como “bússola moral” do cérebro – ligada em pessoas compassivas e desligada em psicopatas.
No futuro, os pesquisadores planejam examinar como o cérebro dos altruístas respondem a outros estímulos, tais como expressões de dor ou tristeza, posturas corporais e vozes. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

10 dicas para estimular a criatividade infantil

Fazer as crianças despertarem o lado criativo é simples e ainda as transformam em adultos mais preparados


Quando são pequenos, a capacidade de imaginar é infinita: fazer cabanas com lençóis, transformar a vassoura num cavalo alado e caixas de papelão em foguete são algumas das formas que as crianças mostram sua criatividade.
Embora os filhos tenham facilidade de demonstrar o seu lado criativo, os pais devem incentivar essas atividades. Isso vai fazê-las ter a sensação de que suas ações são importantes para a família. Para ajudar nessa tarefa, listamos algumas dicas para você estimular ainda mais a criatividade do seu filho.
Tome nota!
  1. Criar um ambiente propício para as crianças despertarem o lado criativo é papel dos pais. Confira dicas para tornar esse momento ainda melhor.
  2. Os jogos de montar são perfeitos para aflorar a criatividade, pois sempre permitem a criação de novas formas.
  3. Deixe ao alcance dos pequenos objetos que possam ser utilizados nas brincadeiras.
  4. Dá para estimular o lado criativo na hora de dormir também. Leia uma história até a metade, e peça para o pequeno continuar. A brincadeira vai render boas risadas.
  5. Uma atividade simples e que todos adoram é a pintura. Ofereça papel, lápis, giz de cera ou tinta e deixe os pequenos artistas se divertirem. 
  6. Que tal montar uma refeição diferente? Chame o seu filho para ajudar a criar novos pratos. Além da criatividade, você estimula a alimentação saudável.
  7. Os passeios são fundamentais, pois permitem o acontecimento de fatos que estimulam o desenvolvimento de ideias criativas. 
  8. Jogos eletrônicos também ajudam o despertar o lado criativo, mas a atividade deve ser monitorada e em horários estipulados pelos pais. 
  9. Faça o “jogo do porquê”, e peça para a criança responder suas próprias perguntas. É uma forma simples de despertar seu raciocínio. 
  10. Deixe os pequenos ouvirem música e incentive que eles criem suas próprias canções.
Quando a criança é estimulada a desenvolver sua criatividade, ela tende a ser um adulto com mais chances de alcançar uma vaga de emprego melhor, por exemplo. “Hoje, a criatividade é vista como um grande diferencial nos profissionais modernos. Essa competência, que tem sido a base de grandes ideias e criação de ótimos negócios, é também uma ferramenta importante na solução de problemas na busca de inovação”, explica Jô Furlan, médico, professor e pesquisador na área de Neurociência do Comportamento.
Ao despertar a criatividade da criança, você está ajudando no desenvolvimento de uma série de habilidades importantes, como explica Silvana Bergmann, coordenadora da 1ª fase do Ensino Fundamental do Centro Educacional Sigma. “A criança necessita de um clima propício para adquirir as habilidades de pensar, comportar-se socialmente, resolver problemas e criar”, alerta.
São infinitas as possibilidades de estimular os pequenos a serem mais criativos, basta os pais terem disposição e doar seu tempo em favor dos filhos. “A criança vive em um mundo repleto de descobertas e desafios. Podemos reforçar a criatividade estimulando a curiosidade”, aconselha o médico.
Aproveite a fase dos “porquês”
Seu filho está na fase dos “porquês”? Aproveite para fazer um jogo interessante: peça para que ele responda as suas próprias perguntas. “Apesar de algumas respostas superarem o absurdo você estará estimulando o pensamento criativo”, explica Furlan.
Outra dica fundamental da educadora é não deixar que a falta de tempo os impeça de oferecer novo para a criança “Fazer sempre as mesmas coisas torna o cérebro preguiçoso. É preciso despertar a imaginação em vez de confiar o entretenimento somente à televisão”, diz Silvana.Para isso, vale recorrer às brincadeiras de antigamente: “Ajude a criança a criar um mundo de fantasia usando objetos como carrinhos de brinquedo, uma bacia que sirva de barco e um regador para simular a chuva, por exemplo”, recomenda Furlan.
Seguindo essas dicas, você pode tornar os momentos ao lado do seu filho muito mais do que um instantes de lazer, mas um mundo de aprendizado e estimulo.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Aprenda a escutar a sua intuição

Saiba como a neurociência e a psicanálise explicam essa sensação que pode ser treinada para servir de guia em decisões importantes e aprenda a fazer isso



A intuição nunca falha. Isso é praticamente uma unanimidade quando o assunto é ouvir a ‘voz do coração’. Portanto, exercitar essa característica pode ser a maneira mais eficaz de fazer escolhas acertadas.

Foi tomando tombos que a gestora de trânsito, Cristiane Takeda Guerra, 36 anos, aprendeu a dar mais atenção à própria intuição.

“É a primeira ideia que vem à cabeça e só me guio por ela”, conta. Segundo Cristiane, inicialmente, pode ser meio confuso separar essa primeira ideia de um turbilhão de informações e influências externas, mas o exercício contínuo vai aguçando o ouvido.
“Com o tempo, logo já se presta atenção nessa voz interior e sabe que é ela quem comanda”, diz.
“Do ponto de vista científico, a intuição é um conteúdo inconsciente que interfere em nosso cotidiano suscitando emoções que não estão gravadas na memória”, explica Carla Tieppo, professora de Fisiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e pesquisadora da área de neurociência. Isso porque o funcionamento cerebral considera boa parte do processamento distanciado da vigilância consciente.
“Para a fisiologia do sistema nervoso, as emoções marcam determinados eventos que, em uma próxima situação, podem ser recordados”, acrescenta Carla.Por isso, qualquer pessoa tem marcadores emocionais bons ou ruins. E cabe a cada um, acreditar (ou não) nos sinais que está recebendo.
“O processo intuitivo é um exercício, pois é preciso acreditar nos sinais, escutar o próprio corpo e identificar estes estímulos emocionais”, alerta a especialista. Para Carla, conseguir interpretar essa intuição é sempre muito positivo.
Já a terapeuta comportamental Denise Pará Diniz, psicóloga do Setor de Estresse e Qualidade de Vida da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) define a intuição como uma espécie de equilíbrio entre razão e emoção.
“Ouvir a voz do coração tem uma simbologia com a questão afetiva, é deixar acontecer o que se deseja. Enquanto o lado mais racional capta as experiências adquiridas ao longo da vida”, completa.
De acordo com Denise, é preciso ouvir sim a voz do coração, mas também avaliar o que pensa sobre isso e do que necessita no momento, antes de tomar qualquer decisão. Só então direcionar as ações para o que considerar mais acertado.
“Sentir e pensar são essenciais e, dependendo da questão, a ação pode ser mais direcionada pela emoção ou pela razão”, informa.
Algo me diz que...
“A intuição é uma sensação forte e tranquila de que devemos seguir em determinada direção”, explica a psicoterapeuta Patrícia Gebrim, autora do livro ‘Gente que Mora Dentro da Gente’ (Editora Pensamento-Cultrix). Para a escritora, não existe segredo, intuição é uma voz interna que nos faz sentir que esse ou aquele é o caminho certo.
“Se a mente não atrapalhasse com seus intermináveis questionamentos, sempre seríamos guiados por nossa intuição”, garante. Afinal, a autora acredita que ela faz parte da nossa natureza, portanto é sempre acertado segui-la, pois ela viria de um Plano Superior, de uma parte nossa que sabe de coisas que a mente não sabe.
“Uma intuição em ação sempre indica o caminho que é melhor não apenas para a pessoa, mas para todos que estão envolvidos na situação”, destaca.Patrícia confirma que a intuição está sempre presente, porém devido nossas crenças, pensamentos repetitivos e medos, muitas vezes, não conseguimos ouvi-la.
“Por isso, é importante aflorar a intuição aprendendo a controlar a mente. É essencial encontrar um espaço entre os pensamentos, pois é ali que a intuição está esperando por nós!”, ensina.Além disso, vale apostar em algumas dicas para não confundir intuição com perturbação. De acordo com Patrícia, a intuição contém características bem definidas:
Não a buscamos! Ela chega de forma súbita e nos traz paz;Ela não é lógica;Ela transmite a mensagem em uma única vez; pensamentos repetitivos e turbulentos são desejos movidos pela ansiedade;Em geral, a pessoa sente-se confiante diante da mensagem recebida;Exercitar isso é a melhor forma para aprender a lidar com ela.
Todo mundo tem, mas dá para desenvolvê-la!
O psicanalista Carl Gustav Jung dizia que cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior. Portanto, intuição não é privilégio de poucos. Todos têm e podem usufruir desses sinais. No entanto, atividades como psicoterapia, meditação, ioga e contemplação da natureza podem ajudar a acalmar a ansiedade e alimentar uma leitura emocional mais positiva.
“São atividades que limpam o conteúdo emocional deixando-o mais aguçado para afastar o medo”, diz Carla Tieppo. Afinal, o estresse e a ansiedade mantêm o sistema emocional sequestrado, gerando um sentimento de perigo e insucesso que não deixam as emoções trabalharem.
“Até mesmo uma boa noite de sono pode ajudar a manter as emoções em equilíbrio. Descansar e relaxar em nível profundo ajuda neste controle”, acrescenta Denise Pará Diniz.

3 passos para ajudar nessa tarefa!

A consultora e escritora Rosana Braga ensina três passos para manter a voz do coração ativa e deixar a intuição guiar os passos seguintes de maneira mais segura.
Observe
Mantenha-se atento aos sinais que a vida manda. Uma situação nunca ‘dá errado’ da noite para o dia. Pequenos acontecimentos vão revelando que algo está fora de sintonia. Em geral, as pessoas se recusam a enxergar ou estão inconscientes demais para perceber. Observação é uma estratégia extremamente eficiente para ouvir mais o coração.
Questione
Lembre-se de que sempre é possível fazer diferente. Basta se questionar: ‘de que outra forma posso interpretar essa situação e que outra atitude posso ter diante dela?’ E, mesmo com a intuição ali presente, procure se respeitar. Avalie o resultado dessa escolha e entenda o que deve ser feito com isso.
Silencie
Aprender alguma técnica de respiração e meditação pode ajudar. Respire profundamente. Parar alguns minutos do dia, várias vezes ao dia, para observar a respiração ajuda a reorganizar pensamentos e emoções.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Você certamente já teve esta alucinação

Você acha que nunca teve uma alucinação na vida? Então você não sabe de nada, inocente. Quase todas as pessoas que vivem nessa era digital, em um país desenvolvido ou em desenvolvimento, onde o acesso à tecnologia é disseminado, como aqui no nosso Brasil, já sofreram pelo menos essa alucinação em particular. Inclusive, em algumas populações, ela é tão previsível que dentro de 6 meses algo em torno de 95% das pessoas irão experimentá-la.
Calma, não criemos pânico!
Já ficou mais fácil de aceitar que você já teve uma alucinação, não é? Mas qual?

Alucinações são muito mais comuns do que a maioria das pessoas imaginam. Por algum motivo, o imaginário coletivo supõe que elas acontecem muito raramente, em pessoas que não estão em seus melhores momentos de saúde. Isso porque nós temos o hábito de associar a palavra “alucinação” com elefantes cor de rosa dançando ou mulheres fantasmagóricas vestidas de branco atrás do espelho de um banheiro escuro quando, na realidade, alucinações não são cenas dramáticas em que as pessoas ficam pensando coisas como “essa pessoa vai vir puxar meu pé de madrugada?”. Ao invés disso, uma alucinação é algo mais para “será que tem um gato preto na minha sala? Ah, não, aquilo é só uma sombra!”.
A alucinação que você provavelmente já teve é uma bem particular. É uma alucinação auditiva com um toque de telefone celular. Eu mesma já passei por isso várias vezes. Você acha que o telefone está tocando – seja o telefone da sua casa, ou seu inseparável smartphone – simplesmente pelo fato de estar esperando uma ligação.
As circunstâncias nem sempre são importantes, mas essa expectativa faz as pessoas pensarem que estão ouvindo um toque ou música em particular. Estranho, né? Acontece sempre que o ruído dos ambientes que as pessoas estão ficam um pouco mais alto. Aí é como se seu cérebro ligasse um estado de alerta, te deixando supersensível aos sons a ponto de te fazer achar que o telefone está tocando.
Exatamente esta circunstância – de estar esperando um telefonema que pode vir a qualquer momento – que causou as alucinações em um estudo particular.
Um grupo de alunos de escolas de medicina que começaram um estágio novo foram incluídos em um estudo que analisou a forma como muitos deles têm alucinações com seus celulares tocando. Antes de o estudo sequer começar, a taxa estava em 78,1% dos alunos tendo alucinações com o celular vibrando e 27,4% deles tendo alucinações com o celular tocando.
No terceiro mês, a taxa de alucinação com vibração atingiu um pico, com 95,9% dos alunos sentindo o celular vibrar (sendo que ele obviamente não estava vibrando), enquanto a alucinação de toque chegou a sua maior marca no sexto mês do estudo, com 87,7% de alunos alucinando com ela.
Até o décimo segundo mês, quando todo mundo já estava mais relaxado, as alucinações de vibração caíram bastante. Mas, ainda nessa altura do campeonato, 86% das pessoas ainda ouviam seus telefones fantasmas tocando.
Depois, quando o estágio chegou ao fim, a taxa de alucinações com o celular vibrando caiu para 50%, bem abaixo do que era quando o estudo começou. Contudo, as alucinações auditivas permaneceram em alta, em cerca de 80% dos estudantes. As pessoas pareciam ter se acostumado com elas.
Vou encerrar o artigo por aqui porque acho que ouvir meu celular tocando. Ou não. 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Melhore sua produtividade em 7 passos!

Usar o tempo com sabedoria é um diferencial



Com a chegada do fim do ano (só para lembrar: faltam 4 meses para acabar 2014!), começam a aparecer os planos que ficaram para trás, as dívidas, pilhas de relatório atrasados e a desorganização aparece aos poucos até se perder nas mil tarefas que parecem não terem fim. Como aumentar a produtividade e dominar todas as tarefas?
Segundo o diretor executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa, usar o tempo com sabedoria é um diferencial entre os profissionais, pois "são grandes os resultados que se tem com a capacidade de organizar bem o tempo de serviço, produzindo adequadamente dentro dos horários de trabalho, evitando horas extras e dando os retornos necessários".
Desafogue o tempo com 7 dicas para melhorar a produtividade no trabalho:
1 - Desligue o smartphone (mesmo)
Nada de deixar o smartphone no silencioso e ficar apertando as luzes do aparelho para ver se recebeu alguma mensagem instantânea, ligação, ou um "olá" nas redes sociais.Segundo o expert em consultoria profissional, os aparelhos eletrônicos são causadores de falta de foco no trabalho. "Tudo isso tira sua atenção, sabota seu foco e dificulta a realização de tarefas. Reserve um tempo no seu dia para cuidar dos seus e-mails e relacionamentos, mas não permaneça 100% do tempo conectado", recomenda.
2 - Lista das listas
Foco é um dos maiores problemas dos profissionais. Caso você faça parte do time daqueles que não conseguem nem COMEÇAR a executar as tarefas ou priorizar atividades, a sugestão é fazer uma lista. Pegue as tarefas do dia, antes de começar a executá-las, e liste-as. Retome à lista e enumere pelo grau de prioridade e se atente a executar exatamente todas as tarefas, pela ordem.
3 - Não ultrapasse seus limites
Tem momentos em que as tarefas parecem não ter fim - mesmo com listas, organização e foco. Talvez o problema não deve ser o tempo ou desatenção, mas a quantidade de trabalho que é realizada. Sabemos que às vezes dá vontade de abraçar o mundo, mas realizar todas as tarefas que aparecem pela frente só prejudicará a qualidade do trabalho. "Evite se comprometer com mais do que suporta. Saiba que cada um tem seu escopo de trabalho e é pago para isso, assim, focalize seu objetivo fim", afirma Ricardo.
4 - Divida profissional do pessoal
A dica fica mais complicada quando a pessoa trabalha em um estilo home OFFICE, mas não é impossível. Por mais frio que pareça, tente não levar os problemas de casa para o ambiente de trabalho. "Evite que esses impactem pesadamente nos resultados do trabalho, lembrando que a alta concentração na tarefa em execução pode levar a retrabalho ou prejuízos muito maiores", alerta o diretor.
5 - Motivação sempre
Mesmo que seja uma segunda-feira chuvosa e sem graça, motive-se! Seja por meio de um exercício físico, com uma música favorita, uma boa leitura, um abraço... Motive-se sempre! Busque tirar o proveito positivo de todas as situações, tente encontrar coisas novas nas tarefas mais rotineiras para não cair na mesmice. Ricardo afirma que muitos trabalhadores não buscam coisas novas e acabam na desmotivação e ACOMODAÇÃO.
6 - Faça para agora o que é para hoje
Você chega no trabalho, o chefe chama para passar uma tarefa - que é tão simples que deixa para depois. Ao final do dia, a atividade não foi realizada e é deixada para amanhã. Passa uma semana e ainda não foi executada. Praticamente como uma bola de neve, você acumulou várias tarefas simples que não foram executadas por procrastinação. "Evite deixar tudo que se pode fazer hoje para o amanhã, pode parecer que não haverá problemas mas pode ter certeza que o resultado não será positivo", afirma o expert em consultoria.
7 - Descanse!
Viver de trabalho não facilitará a administração do tempo, pelo contrário! Com o tempo, as tarefas vão aumentar junto com o cansaço e tudo será executado a meia-boca. As folgas são necessárias porque o corpo precisa descansar, dentro da jornada de trabalho. "O descanso é fundamental para que se possa ser produtiva. Nenhum profissional é 100% do seu tempo, temos que cada vez mais exercer o famoso ócio criativo" finaliza Ricardo.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pais têm dificuldade para aceitar que filho adolescente precisa fazer terapia

Tratamento psicológico nessa fase ajuda no processo de autoafirmação dos jovens e diminui crises familiares. Veja alguns sinais de que seu filho precisa de ajuda profissional

Se a infância é marcada pela evolução do desenvolvimento das crianças, a adolescência é visita como o tempo dos conflitos. Os filhos, que até então estavam protegidos pelos braços e limites dos pais, passam a buscar autonomia e independência.
Nesse desequilíbrio entre autoridade e submissão na família os adultos podem perder o controle da situação. E fica difícil saber se chegou a hora de pedir ajuda profissional. Mais difícil ainda é aceitar essa necessidade.
“Muitas vezes, a culpa dos transtornos é dos pais. Eles não sabem como lidar com o comportamento dos filhos e se recusam a buscar ajuda. É ego ferido, como se o terapeuta fosse atestar a falha deles como educadores”, observa a psicóloga Elizabeth Monteiro, autora do livro “Criando adolescentes em tempos difíceis” (Summus Editorial).
Papéis distintos
Com o estudante Guilherme Machado, de 18 anos, a situação de recusa dos pais é semelhante. Ele sempre teve vontade de fazer terapia, mesmo tendo uma relação familiar tranquila.
“Eu converso com meus pais, mas não acho que seja o suficiente. Muitas vezes, a vontade de se abrir com um psicólogo é maior”, acredita.
Mesmo assim, os pais de Guilherme não concordam com os argumentos do filho. Para eles, um terapeuta faz “mais do mesmo”.
“Eles já usaram várias vezes a desculpa de que um psicólogo não vai falar nada que eles já não tenham me falado. Minha mãe já disse que o motivo de alguém acreditar no psicólogo é porque ele fala o que você quer ouvir”, lamenta Guilherme.
Os especialistas fazem questão de ressaltar que o profissional não substitui o papel dos pais. É natural que os adultos não saibam o melhor jeito de dialogar com os filhos e acabem adotando uma postura combativa. Do hábito de julgar e agredir verbalmente, nasce a oposição entre os familiares. A consequência é que os jovens respondam na defensiva e se fechem ainda mais para o mundo. Por isso, é importante que alguém de fora faça a mediação.
“Geralmente, os pais não escutam os filhos, não deixam que eles se expliquem. O terapeuta faz o contrário, escuta o lado do adolescente e passa essa sensação de segurança”, explica Elizabeth.
"Coisa de doido"
A resistência dos pais, muitas vezes, chega a desqualificar a dor desse adolescente. Alguns acreditam, inclusive, que o tratamento pscicológico só é necessário para quem tem algum tipo de desequilíbrio mental.
"Os pais desqualificam o sofrimento dos filhos ao dizer que terapia é coisa de doido. Essa atitude demonstra falta de sensibilidade”, afirma a psicóloga e terapeuta familiar Rosa Macedo.
“Os adultos precisam perder esse preconceito. Terapia não é cura, é autoconhecimento. Numa fase de tantas mudanças, como a adolescência, é extremamente benéfico dar essa oportunidade para os jovens. Assim, eles encontram seus lugares no mundo que os cerca”, rebate Elizabeth.
Se o próprio jovem procura os pais para pedir ajuda, a resposta deve ser ainda mais serena e acolhedora.
“É sinal de que as coisas estão muito graves para ele. Os pais devem abraçá-lo e respeitar sua decisão, para que não se torne um problema maior”, completa Rosa.
Depois que os trabalhos entre terapeuta e adolescente começam, é importante respeitar a privacidade do filho. Não se deve insistir em saber o que foi dito durante as sessões, nem proibir que o jovem comente determinados assuntos com o psicólogo. Se não houver respeito, pode ser sinal de que os adultos também precisam passar por tratamento psicológico.
“Na terapia familiar, ensino os pais a dialogar com os filhos. A gente dá espaço para a discussão saudável, em que todos têm o momento de falar e ouvir. Em casa, é mais fácil levantar e sair andando, ignorando o que o outro tem a dizer. No consultório, todos ficam e escutam”, explica Elizabeth Monteiro.
Chegou a hora?
Segundo especialistas, os pais devem prestar atenção em alguns sinais e comportamentos específicos nos filhos para saber se chegou o momento de optar por uma ajuda externa.
“Não é normal que toda conversa termine em discussão. Se o adolescente se torna agressivo e evita qualquer interação social, com familiares ou amigos, os pais precisam entender o que está acontecendo”, atenta Rosa Macedo. Outro ponto que chama a atenção é o rendimento escolar, que piora muito quando o jovem passa por problemas em casa.
O próximo passo é ter uma conversa franca com todos da família. Pais devem perguntar o que está acontecendo para que o adolescente se comporte daquela forma. A ideia é deixar o espaço aberto para as respostas e soluções. Se ainda assim o diálogo não acontecer, é hora de assumir que um profissional pode lidar melhor com o conflito.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Diferencie a tristeza comum da depressão

A tristeza dura entre 15 e 20 dias, enquanto a depressão pode vir acompanhada de sintomas físicos



Atualmente, a depressão afeta 340 milhões de pessoas em todo o mundo, ou seja, uma em cada cinco pessoas em algum momento da vida já apresentou ou apresentará quadro depressivo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa deve se tornar a principal doença nos próximos vinte anos. 

Mas o que é depressão? É um distúrbio emocional, hoje reconhecido como doença. Segundo as modificações no Código Internacional de Doenças (DSM-V), é caracterizada por tristeza profunda e baixa autoestima, que pode ser desencadeada pelo estresse, assedio moral, jornada de trabalho muito extensa, problemas financeiros, falta de emprego, cobrança pessoal, frustrações, luto e também por causas biológicas. 

Há uma alteração química no cérebro do paciente, onde os neurotransmissores não são produzidos de maneira satisfatória. Entre eles estão a serotonina, noradrenalina e dopamina, que são substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. 

Nestes casos é necessário que o paciente procure um profissional da área de saúde mental, no caso um psicólogo ou psiquiatra, para que seja feita uma avaliação do caso. Se a pessoa for diagnosticada um quadro depressivo, deverá iniciar um processo de psicoterapia, em que irá rever sua postura diante dos problemas, e também um tratamento medicamentoso, para adequar quimicamente a produção destes neurotransmissores. 

Após décadas de estudos a respeito da depressão, o novo Código Internacional de Doenças (DSM-V), resolveu incluir dentro do quadro da depressão o luto, que anteriormente não era aceito. Isto faz com que a depressão desencadeada pela perda de um ente querido seja aceita como doença, e também possa ser tratada adequadamente.  

Não é uma simples tristeza

Há uma grande diferença entre tristeza e depressão. A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum fato do cotidiano, onde a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias. Já a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave. 
 Geralmente a pessoa pode apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas:                           
  • Apatia
  • Falta de motivação
  • Medos que antes não existiam
  • Dificuldade de concentração
  • Perda ou aumento de apetite
  • Alto grau de pessimismo
  • Indecisão
  • Insegurança
  • Insônia
  • Falta de vontade em fazer atividades antes prazerosas
  • Sensação de vazio
  • Irritabilidade
  • Raciocínio mais lento
  • Esquecimento
  • Ansiedade
  • Angustia.
Além disso, o indivíduo pode apresentar alguns sintomas físicos que os médicos não conseguem encontrar causas aparentes, como: 
  • Dores de barriga
  • Má digestão
  • Azia
  • Constipação
  • Flatulência
  • Tensão na nuca e nos ombros
  • Dores de cabeça
  • Dores no corpo
  • Pressão no peito
  • Entre outros...
Estes são alguns dos indícios da depressão. Mas, se houver dúvida, procure um especialista para ter um diagnostico e tratamento corretos. Não tenha medo ou vergonha de expressar o que realmente está sentindo e vivenciando, pois esses profissionais irão se basear nestes dados para poderem prescrever um tratamento e a partir daí, o paciente voltar a ter qualidade de vida, com alegria e bem estar. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Pesquisa monitora o cérebro de crianças com problemas de conduta e descobre: elas reagem menos à dor alheia

Estudo sugere que atividade cerebral de crianças pode ser vista como fator de risco para desenvolvimento de psicopatia na idade adulta


As origens do comportamento cruel apresentado por criminosos e psicopatas pode estar no cérebro. Um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico Current Biology monitorou a atividade cerebral de crianças inglesas que apresentavam problemas de conduta. A pesquisa deixou claro que o cérebro dessas crianças, quando são confrontadas com imagens de pessoas sofrendo, reage de maneira diferente da maioria das outras: as áreas associadas à empatia se mostram menos ativas em reação à dor alheia. Diante dos resultados, os cientistas sugerem que a análise da atividade cerebral de crianças ao testemunhar cenas de sofrimento pode ajudar a apontar fatores de risco para o comportamento antissocial e a psicopatia na fase adulta.

Jovens com transtorno de conduta apresentam uma série de comportamentos que violam os direitos alheios, como agressão física, crueldade, roubo e falta de empatia em relação às outras pessoas. As crianças com esse tipo de comportamento têm maiores chances de se tornar adultos violentos e ter comportamentos antissociais. Na Inglaterra, onde o estudo foi conduzido, cerca de 5% das crianças parecem ter esse tipo de problema.

No novo estudo, os pesquisadores usaram imagens de ressonância magnética para descobrir se o cérebro dessas crianças com desvio de conduta reagia de modo diferente a fotografias de outras pessoas sofrendo. Como resultado descobriram que, em relação às outras crianças, áreas como a ínsula anterior, o córtex cingulado anterior e o giro frontal inferior — todas associadas à empatia — ficaram menos ativas.

Segundo os pesquisadores, isso não quer dizer necessariamente que toda criança com problemas de conduta tem a mesma reação ao sofrimento, e nem que qualquer em que demonstre esse tipo de padrão cerebral vá se tornar um adulto problemático — na verdade, a maior parte deixa esse tipo de comportamento para trás durante seu desenvolvimento.

"Nossa descoberta indica que crianças com problemas de conduta têm uma resposta cerebral atípica ao ver outras pessoas sofrendo. O importante é ver essas descobertas como um indicador de vulnerabilidade, em vez de um destino biológico. Nós sabemos que crianças são bastante suscetíveis a intervenções, e o desafio é fazer essas intervenções ainda melhores", diz Essi Viding, pesquisadora da University College London responsável pelo estudo.

Vulnerabilidade – Os pesquisadores também analisaram as diferenças de comportamento dentro do grupo das crianças com problemas de conduta, separando os indivíduos mais insensíveis e que demonstravam menos emoções. Essa indiferença emocional é uma importante característica dos psicopatas, e sua presença na infância pode ser vista como fator de risco para o desenvolvimento da condição na vida adulta.

Os cientistas descobriram que, em relação à dor alheia, o grupo apresentou uma atividade ainda menor na ínsula anterior e no córtex cingulado anterior. "Nossa pesquisa mostra muito claramente o fato de que nem todas as crianças com problemas de conduta têm a mesma vulnerabilidade neurobiológica — algumas podem ser mais vulneráveis à psicopatia, enquanto outras não. Isso traz a possibilidade de adaptarmos as intervenções existentes para se adequar aos perfis específicos que caracterizam as crianças com problemas de conduta", disse Essi Viding.